
“Sempre
agradecemos a Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, quando oramos por
vocês, pois temos ouvido falar da fé que vocês têm em Cristo Jesus e do amor
que têm por todos os santos, por causa da esperança que lhes está reservada nos
céus, a respeito da qual vocês ouviram por meio da palavra da verdade, o
evangelho que chegou até vocês. Por todo o mundo este evangelho vai
frutificando e crescendo, como também ocorre entre vocês, desde o dia em que o ouviram e entenderam a graça de Deus em
toda a sua verdade”
(Colossenses 1.3-6)
Se
alguém perguntasse o que é graça para
você, o que você responderia? Você diria que graça tem a ver com o quê?
Paulo estava feliz porque os irmãos da cidade de Colossos ouviram e entenderam a graça de
Deus em toda a sua verdade. Isso significa que é possível ouvir e
entender a graça de Deus de modo parcial. É possível que alguns irmãos não
saibam da graça de Deus em toda a verdade, e isso justificaria porque o
evangelho não tem frutificado e crescido na vida de algumas pessoas. Você entendeu a graça de Deus em toda a
verdade?
Em
primeiro lugar, precisamos estar conscientes de que graça é um privilégio, um
presente que recebemos sem merecer. Se somos participantes da graça de Deus,
quais são os privilégios que recebemos de Deus porque cremos em Jesus? Parece
ser comum a ideia de que graça tem a ver apenas com o perdão dos nossos pecados
pela morte de Jesus na cruz. Tito 2.11 diz
que Deus revelou sua graça para dar salvação a todos. No entanto, no
ambiente do Novo Testamento vemos que graça é muito mais do que apenas ser
salvo. Graça tem a ver com tudo de bom que recebemos de Deus, mas para que
fique claro para nós, veremos as graças de Deus menos conhecidas.
1) SOFRER POR AMOR A CRISTO É GRAÇA
Em
Filipenses 1.29 Paulo fala da graça como privilégio de sofrer: “pois a vocês foi dado o privilégio (a graça)
de não apenas crer em Cristo, mas também de sofrer por ele” (Filipenses 1.29). Quantas vezes você ouviu alguém dizer que é um
privilégio, que é uma graça concedida por Deus sofrer por amor a Jesus?
Sem
dúvida essa ideia de que sofrer por Cristo é uma graça não é nada empolgante.
Nosso mundo é, a cada dia mais, patrocinador da ideia de que não podemos
sofrer. Somos a sociedade do analgésico. Queremos nos livrar de todo tipo de
sofrimento, em qualquer área da nossa vida. Falou em sofrimento, tô fora!
Jesus
disse aos seus discípulos: “Bem-aventurados
serão vocês quando, por minha causa, os insultarem, os perseguirem e levantarem
todo tipo de calúnia contra vocês. Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é a
sua recompensa nos céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas que
viveram antes de vocês” (Mateus 5.11,12). Os discípulos de Jesus entenderam
as palavras de seu Mestre e as viveram na pele.
Depois que foram açoitados (receberam chicotadas) pelos líderes
religiosos em Jerusalém, “os apóstolos
saíram do Sinédrio, alegres por terem sido considerados dignos de serem
humilhados por causa do Nome” (Atos 5.40,41).
Os
discípulos de Jesus não são masoquistas, e não estão em busca de sofrimento. No
entanto, quando algum discípulo de Jesus sofre por amor a Jesus, então esse
sofrimento deve ser recebido como graça de Deus em sua vida.
2) TRABALHAR NA OBRA DE DEUS É GRAÇA
Para
muitas pessoas, o trabalho que fazem como igreja, edificando os irmãos,
ensinando a Palavra, orando uns pelos outros, visitando e acompanhando os
irmãos é encarado como um peso. O apóstolo Paulo encarava o trabalho duro no
Reino de Deus como resultado da graça de Deus: “Mas, pela graça de Deus, sou o que sou, e sua
graça para comigo não foi inútil; antes, trabalhei mais do que todos eles;
contudo, não eu, mas a graça de Deus comigo” (1Coríntios 15.10).
Quando encaramos
o trabalho na obra de Deus como graça pura, aí é que nos dedicamos ainda mais.
Quem não quer ser privilegiado por Deus? O apóstolo Pedro nos estimula dizendo:
“cada um exerça o dom que recebeu para
servir os outros, administrando fielmente a graça de Deus em suas múltiplas
formas” (1Pedro 4.10).
Todos aqueles que
se dedicam na obra de Deus estão participando da graça de Deus de modo mais
completo. Quem não está trabalhando para Deus na edificação de sua igreja, está
se excluindo da graça de Deus. O escritor aos hebreus disse: “Esforcem-se para
viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o
Senhor. Cuidem
que ninguém se exclua da graça de Deus; que nenhuma raiz de amargura
brote e cause perturbação, contaminando muitos” (Hebreus 12.14,15). O resultado é
trágico na vida da igreja quando alguém não busca ter paz com os irmãos e ter
santidade no Senhor. Não se exclua da graça de Deus, mas participe dela
trabalhando para Deus e ajudando seus irmãos a crescer na fé.
Quando
você participa de uma célula e motiva outros a participarem, isso é obra de
Deus. Quando você ora por alguém, isso é obra de Deus. Quando você ensina a
Palavra de Deus para alguém, isso é obra de Deus. Enfim, quando fazemos de tudo
para que sejamos unidos e cresçamos em Cristo Jesus, estamos trabalhando para
Deus e participando da graça de Deus em nossa vida.
3) OFERTAR É GRAÇA DE DEUS
Além
do sofrimento por amor a Cristo e do trabalho na obra de Deus, existe outro
privilégio que poucos querem: a graça de contribuir. Poucos encaram a
contribuição financeira como um privilégio. Ou ofertamos porque enxergamos uma
oportunidade de sermos abençoados financeiramente, ou simplesmente ignoramos o
privilégio de ofertar e não ofertamos.
Os
irmãos da igreja da Macedônia encaravam o ato de ofertar como um privilégio.
Veja a descrição da atitude desses irmãos: “Agora,
irmãos, queremos que vocês tomem conhecimento da graça que Deus concedeu às
igrejas da Macedônia. No meio da mais severa tribulação, a grande alegria e a
extrema pobreza deles transbordaram em rica generosidade. Pois dou testemunho
de que eles deram tudo quanto podiam, e até além do que podiam. Por iniciativa
própria eles nos suplicaram insistentemente o privilégio de participar da
assistência aos santos. E não somente fizeram o que esperávamos, mas
entregaram-se primeiramente a si mesmos ao Senhor e, depois, a nós, pela
vontade de Deus” (2Coríntios 8.1-5). Paulo diz que Deus concedeu a graça
aos macedônios de contribuir e que eles insistiram em participar desse
privilégio.
Quando
alguém ou uma igreja entende o ato de ofertar como um privilégio, eles:
·
Não
esperam ter dinheiro sobrando para ofertar;
·
Estão
motivados a ofertar com alegria e grande generosidade;
·
Vão
além das suas possibilidades para ofertar;
·
Oferecem
primeiramente suas vidas a Deus e aos irmãos da igreja.
O
exemplo mais formidável que temos nos evangelhos de ofertar foi feito por uma
pobre viúva. “Jesus olhou e viu os ricos
colocando suas contribuições nas caixas de ofertas. Viu também uma viúva pobre
colocar duas pequeninas moedas de cobre. E
disse: Afirmo-lhes que esta viúva pobre colocou mais do que todos os outros.
Todos esses deram do que lhes sobrava; mas ela, da sua
pobreza, deu tudo o que possuía para viver” (Lucas 21.1-4). Quer receber a aprovação de Jesus?
Então passe a ofertar com generosidade e coloque sua fé e confiança em Jesus.
Jesus aprovou a fé daquela viúva, porque a confiança dela estava em Deus e não
em seu dinheiro.
Tem
gente que só oferta se houver um incentivo exterior muito forte, tal como
promessas de bênçãos ou uma necessidade muito urgente. Mas, Jesus não cita isso
em relação à viúva pobre. Apenas fala da sua fé em dar tudo o que tinha para
viver.
CONCLUSÃO
Não
seremos o povo da graça de Deus se não encararmos cada sofrimento por amor a
Cristo como um privilégio. Tampouco participaremos da graça de Deus se
deixarmos de trabalhar para Deus em sua obra. Por último, não podemos deixar de
ofertar nos justificando de que não temos dinheiro e acabar deixando de
experimentar a graça de Deus em toda a verdade.
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