Uma igreja que conquista - Mt 13:33 Fl 3:12


 Todas as vezes que medito sobre a situação da igreja do Deus vivo, um monte de dúvidas me vem à mente.

 v Estamos realmente cumprindo o propósito de nosso Senhor, ou caímos na acomodação de um povo abençoado?
 v A igreja que vemos hoje é uma igreja gloriosa, sem mácula, sem sombra, sem ruga (que é a igreja que será apresentada ao Senhor. Ef 5:27) ou somos uma comunidade que está fazendo um negócio com Deus (O Senhor nos abençoa e nós O servimos enquanto recebemos a benção que queremos?)

O apostulo Paulo escrevendo aos Coríntios (I Co 11:28-29), insiste para que todos se examinem, antes de falar que verdadeiramente servem ao Senhor. Se ele insiste nisso, é porque podemos ser servos só de boca e não de coração.

Nos como igreja local (Nação Santa) somos conquistadores ou conquistados?
v Não é muito difícil observar se a igreja é gloriosa ou não. Existem algumas características que só é observada na igreja, se ela é gloriosa.
No texto base, Mt 13:32, o Senhor disse que a igreja é um organismo que leveda. Aonde chega, conquista. Caso a igreja esteja conquistando, foi criada para isso, significa que ela está no caminho certo.

Então eu te pergunto: estamos conquistando ou estamos sendo conquistados?
v Eu vejo que a igreja em geral cresce em números, mas não na conquista. Somos influenciados em quase tudo: na linguagem, na moda, no consumo, nos passeios, na condução de nossas famílias, na carreira profissional e assim por diante.
v No afã de nos envolvermos com as pessoas para ganhá-las para Cristo (estou sendo benigno), passamos a praticar o que elas praticam.
v  Isso está errado e é desastroso para o reino de Deus. É como se o diabo tivesse feito uma alteração no DNA da igreja, para que ela se tornasse inofensiva. A igreja gloriosa é ofensiva contra o inferno e tudo o que jaz no maligno.
v Essa mistura nas entranhas da igreja, é a causa da domesticação da igreja pelo mundo. É uma luta a conversão das pessoas. São resistidas e ridicularizadas, as pessoas que se convertem, é com dificuldade que as conversões acontecem.
v Mas quando esses convertidos pensam e começam a influenciar, são frontalmente combatidos pelo mundo. Aí a coisa pega. Essa parte é inaceitável pelo inferno. Não deveria ter se convertido, mas vá lá, porém, transformar o ambiente, nem pensar.
v Largar as práticas mundanas é impensável no conceito mundano. O mundo, pensar e reagir assim são compreensíveis, o duro é quando a igreja pensa assim.
v Não nascemos no reino de nosso Senhor para sermos passivos. O Senhor nunca foi passivo. Não faz parte do DNA do reino agir dessa forma. Eu e você nascemos para a conquista, não aceite menos do que isso.

Como isso nos afeta?
v Nós fazemos parte de um organismo vivo. Por isso toda vez que esse organismo cresce, nós crescemos juntos. Se uma criança perde um dedo aos três anos de idade, e se conservamos esse dedo em formol, depois de um tempo, veremos que a criança cresceu e que os outros dedos também cresceram, mas o dedo que ela perdeu e que está conservado no formal, não cresceu. Porque? Está desconectado do corpo. Se a igreja é refém, nós seremos também.

Se a igreja não influencia, nós também não influenciaremos. Se a igreja não prospera, nós também não prosperaremos. Se a igreja não domina, nós também não conquistaremos. Se a igreja não é respeitada, nós também não seremos. Se a igreja não é Cristo, nós também não somos. Em outras palavras, nós somos a igreja.

v  Por isso, temos que edificar uma igreja vencedora para que nós sejamos vencedores. É importante ter uma visão global, para um posicionamento local. É assim que crescemos. Todas as vezes que enxergamos com maior amplitude, seremos mais exitosos no posicionamento pessoal.    

Um grande referencial de conquista
v Às vezes você pode pensar que conquistar hoje é algo muito difícil e muito trabalhoso. Eu te digo que não é difícil, porém é trabalhoso, aliás, tudo o que é bom é trabalhoso. Hoje, ontem e amanhã será sempre trabalhoso, e somente os vencedores se dispõem a essa conquista.
v Na época da igreja primitiva também era trabalhoso, mas eles conquistaram. No prazo de 300 anos, começando com 120 pessoas, todo o mundo conhecido da época foi anunciado o evangelho do reino de Deus e inúmeras vidas foram conquistadas para Cristo e toda a cultura foi influenciada ela igreja.....
v Na época de Daniel não era diferente dos tempos que vivemos em nossos dias, aliás, penso que era muito mais difícil do que hoje.
a)   Daniel foi levado cativo de Jerusalém para a Babilônia (atual Bagdá). Ele tinha entre 14 e 16 anos e viveu aproximadamente até aos 90 anos.
b)  Esteve no cativeiro por 70 anos. Ele ascendeu no reino babilônico de uma forma surpreendente. Saiu da condição de escravo, e tornou-se a terceira pessoa mais importante nesse reino.
c)   Dois imperadores se converteram um com certeza foi influenciado por ele, e um quarto foi decretado morto pela palavra de Daniel. Ele desfrutou do melhor dessa terra e morreu em ditosa velhice.
d)  Mas aquilo que eu considero de mais importante sobre esse homem, é que ele foi elogiado por Deus (Ez 14:14). Com certeza Daniel foi um conquistador e deve ser um grande referencial para nós.
v Quais as características que habitava na vida de Daniel, para que ele conquistasse tudo isso?
v Quais eram os princípios de vida pelos quais ele vivia, que o tornou um homem vitorioso? Deus não faz acepção de pessoas, Ele faz acepção de princípios.
v Se nós vivermos pelos mesmos princípios de Daniel, seremos tão abençoados quanto ele foi.

Quero salientar alguns desses princípios:

1-  DANIEL ERA DE ORIGEM NOBRE - DN 1:3 E 6
v Daniel fazia parte da nobreza de Judá. Para entendermos melhor isso, vamos fazer um paralelo entre nobres e plebeus.
v Qual a diferença entre um nobre e um plebeu? Muitas e em diversos sentidos, mas vamos levantar algumas.
Um nobre:
1.   Tem um nome a zelar.
2.    Existe uma tradição a ser defendida, e eles sabem que representam algo que deve permanecer de geração em geração.
3.   Eles respeitam as gerações passadas e se preocupam em formar a nova geração, para dar continuidade à família.
4.   Eles têm um protocolo de atitudes e comportamentos a serem seguidos. Por isso são nobres.
Os plebeus, diferentemente:
1.   Não tem um nome a zelar a não ser o dele próprio.
2.   Não existe uma tradição de geração em geração a dar continuidade.
3.    Protocolo é coisa que ele nem imagina o que é.
4.   Trabalha no almoço, para comer no jantar.
5.   Às vezes não tem noção da razão de sua existência.

Na casa de Deus também é assim: Existem cristãos nobres e cristãos plebeus.
Os cristãos nobres são os vencedores e conquistadores. Os cristãos plebeus são os conquistados pelo mundo.
Os cristãos nobres:
1.   Sabem que tem um nome de família a zelar, Jesus Cristo O Santo e Justo, nosso Salvador e Senhor.
2.   Eles não têm dúvidas quanto ao seu propósito de vida, quanto as suas atitudes e comportamentos.
3.   Eles são agradecidos às gerações passadas, que trabalharam para que eles fossem o que são hoje. Eles estão formando as novas gerações, para que a família de Deus continue crescendo e estabelecendo seu reino onde quer que estejam, ou sejam enviados. Os cristãos nobres são aqueles que estabelecem o Reino.

Os cristãos plebeus são os que só enxergam o aqui e o agora.
1.   O interesse deles está na benção de Deus para a sua necessidade da hora.
2.   Não vêem o passado e muito menos o futuro.
3.   São facilmente conquistados pelo mundo.

Você faz parte de qual grupo? Quando temos um maior percentual de cristãos nobres em nossa igreja, podemos dizer que ela é uma igreja que conquista e está cumprindo seu papel de levedar o mundo. Dessa forma, ela está caminhando para ser a igreja gloriosa que o Senhor virá buscar. Daniel foi um nobre conquistador, tenha ele como exemplo.


2-  DANIEL NÃO SE CONTAMINOU COM AS FINAS IGUARIAS DO REI - DN 1:5,8
v A bíblia diz que quando os servidores de Nabucodonosor disseram a Daniel que ele deveria se alimentar das finas iguarias do rei, beber o que ele bebia e comer o que ele comia, Daniel pediu para comer e beber outras coisas, na visão dele, mais saudáveis.
v Ele insistiu para não se contaminar com essas iguarias. As finas iguarias do rei apontam para a comida (princípios, conceitos e atitudes) que o mundo oferece. Isso gera morte na vida das pessoas. São as mentiras do diabo em contrapartida com a verdade de Deus que é Cristo.
v Quando ingerimos as mentiras como se fossem verdades, isso faz mal as nossas vidas. Com certeza terão conseqüências desastrosas para nós, e para as pessoas que estão ao nosso redor.
v Não podemos criar nossos filhos com os princípios do mundo, não podemos usar as modas que o mundo cria, não podemos consumir como o mundo consome e muito menos nos pautar, pelas atitudes que o mundo tem. O nosso padrão é palavra de Deus, não o mundo.
v Jesus nos salvou justamente do mundo e por isso, temos que tirá-lo de nossa existência. Daniel resolveu em seu coração, ter outro padrão de vida diferente daquele que reinava na corte de Nabucodonosor. Por isso, ele destacou-se mais do que os outros da idade dele que passavam pelo mesmo treinamento.
Ainda que todos considerassem que as finas iguarias do rei era o que se tinha de melhor para comer, Daniel tinha um padrão mais elevado. Eram as finas iguarias do Rei Jesus.
v Verdadeiramente, o problema está quando não conseguimos fazer a diferença entre a comida de Deus e a comida do mundo. Isso pode ser poderosamente destruidor para nós, e levar-nos a sermos completamente conquistados pelo mundo. Por isso, a palavra de Deus diz que não devemos nos conformar com esse mundo, mas transformar-nos através da renovação da nossa mente pela palavra de Deus (Rm 12:1-2).
Um exemplo só para termos uma idéia disso. Qual a fina iguaria do rei em nosso país hoje? Com certeza são as novelas e os reality show. Elas ditam modas, consumos, paradigmas e comportamentos. Plantam novos conceitos e alimentam a relativização da palavra de Deus. Será que todos os cristãos têm noção disso? Muitos estão a cada dia se alimentando disso. Os vencedores, com certeza, não fazem isso. Eles, como Daniel, resolveram não se contaminar.

3-  DANIEL ENCARAVA OS DESAFIOS - DN 2
v Certa vez o imperador teve um sonho e quando acordou, não conseguia lembrar-se dele. Mandou chamar os adivinhos, feiticeiros, encantadores e sábios para falar qual era o sonho e qual a sua interpretação.  Os seus servos disseram a ele que não era possível que um mortal fizesse tal coisa. O imperador, contrariado, mandou matar todos eles.
v Daniel era considerado um sábio naquele lugar e quando os guardas vieram para matá-lo, ele perguntou a razão daquilo e o soldado lhe relatou o ocorrido. Prontamente, Daniel se dispôs a ir até ao rei e pediu para que ele determinasse um tempo para que ele (Daniel) pudesse dar a sua interpretação. O rei determinou o tempo e Daniel foi orar a Deus, para que o milagre acontecesse.
v Daniel poderia pensar como os outros pensaram (o que o rei queria era muito difícil, para não dizer impossível de acontecer).
Mas a atitude dele foi diferente. Ele encarou o desafio, chamou para si a responsabilidade. Colocou o problema diante de Deus, com fé de que ele seria resolvido. O que de fato aconteceu.
v No tempo determinado pelo rei, Deus deu a Daniel o sonho e sua interpretação. Daniel procurou o rei e contou-lhe o que Deus revelara. Nabucodonosor, ao ouvir, se prostrou com o rosto em terra diante de Daniel. Reconheceu que o Deus de Daniel era o Deus dos desuses e levantou Daniel como chefe supremo de todos os sábios da Babilônia e, ainda, o pôs como governador dela.
v Quando encaramos os desafios, esse é o momento da conquista. Não haverá conquista, se retrocedermos diante dos desafios. Eles são permitidos por Deus justamente para que cresçamos enquanto os conquistamos. É de conquista em conquista que crescemos e nos tornamos à estatura do varão perfeito que é Cristo Jesus.
v Se eu e você desistirmos de encarar os desafios que nos estão sendo propostos, seremos pessoas que não faremos a diferença. Seremos como qualquer outra pessoa. O problema é que, ninguém que trabalha para Deus é uma pessoa normal. Somos especiais como Jesus é. Qualquer um, que tenha o Espírito Santo de Deus, é alguém especial. Então vamos agir como tal. Esses são aqueles, que como Daniel, irão conquistar e crescer.

4-  DANIEL NÃO NEGOCIAVA COM O DIABO - DN 5
v Quando Nabucodonosor morreu e seu filho Belsazar assumiu em seu lugar, ele tirou Daniel da posição em que ele estava. Um dia Belsazar resolveu fazer um grande banquete e se alegrar com seus súditos. Num certo momento, ele mandou que se trouxessem os utensílios sagrados do templo dos Judeus, que seu pai tinha trazido de Judá, para que eles usassem no banquete. Enquanto eles estavam usando esses utensílios, uma mão apareceu escrevendo algo na parede. A festa parou, o rei mandou chamar os entendidos para decifrar o que foi escrito. Ninguém conseguia fazer isso. A rainha mãe, sabendo do ocorrido, entrou no lugar e disse para seu filho que no tempo do pai dele, havia um homem que conseguiria decifrar aquilo. Daniel foi chamado e o rei disse a ele que, caso decifrasse o enigma, o recolocaria em suas antigas funções e ainda o elevaria, mais ainda, na estrutura social do reino.
v  Daniel poderia ter pensado que aquela era a oportunidade de voltar a crescer. Mas ele disse ao rei que não queria nada com as coisas que o rei pudesse dar a ele, porém, iria decifrar o enigma.
v Porque ele não quis aceitar as recompensas? Aquele era um rei blasfemo. Ele ultrajou ao Deus único e verdadeiro, usando as Suas coisas como se fossem comuns. Daniel não queria nenhum contato com aquele tipo de gente. Ele não negociava com o diabo. Ele tinha uma postura correta diante de seu Deus. Ao invés de negociar, o que ele fez foi ao contrário, condenou o rei por aquilo que fez. Aquele rei, naquela mesma noite morreu.
v Daniel tinha um lado muito bem definido. Ele não andava em cima do muro. Você já tem o lado que você anda? Você, dependendo do contexto, muda de lado? Os vencedores têm lado, é o de Jesus. E não abrem mão disso. Por isso são vencedores como o Senhor. Por isso conquistam como Daniel conquistou.

5-  DANIEL MANTINHA A INTIMIDADE COM DEUS, MESMO DEBAIXO DE EXTREMA PRESSÃO - DN 6
v Quando Daniel se recusou a aceitar os presentes do rei Belsazar, e tendo sido morto o rei (Belsazar), Dario, o medo, assumiu o reino de Belsazar,  para que se cumprisse a palavra de Daniel. Dario colocou Daniel entre os três mais importantes no reino dele.
Todas as vezes que o Senhor te colocar em posição de evidencia, haverá pessoas que ficarão com inveja, e sem motivos aparentes, se tornarão seus inimigos. Não foi diferente com Daniel. Pessoas se levantaram contra ele, mas não tinham como destruí-lo, pois não haviam brechas em sua vida.
v  Um vencedor nunca deixa brechas. Fizeram então uma jogada para destruir Daniel. Eles sabiam que somente no tocante a intimidade de Daniel com o Senhor é que eles poderiam achar algo para destruí-lo. Eles, seduzindo o rei Dario, fizerem um decreto que por espaço de 30 dias ninguém poderia orar a outro ser que não fosse ao rei, sob pena de ir parar na cova dos leões.
v Daniel, ao tomar conhecimento do decreto, tinha uma escolha a fazer. Continuar a orar a Deus ou por espaço de 30 dias, ficar sem orar. Ele não teve dúvida alguma da escolha. Parar na cova dos leões é preferível a ficar sem orar ao Senhor. E quando ele estava orando a Deus, os seus inimigos o flagraram e o levaram ao rei. O rei ficou penalizado com a situação, mas não poderia voltar atrás com sua palavra e disse a Daniel: “o seu Deus, a quem serves te livrará da boca dos leões”. O que de fato aconteceu.
v Quando o rei Dario viu o livramento de Deus na vida de Daniel, ele entendeu que foi armado um plano para destruí-lo e que Deus interveio para livrá-lo. O que o rei fez? Tirou Daniel da cova dos leões, jogou os seus inimigos dentro da cova e fez um decreto a todos os seus súditos, para que temessem o Deus de Daniel. Exaltou o nome de Deus e prosperou ainda mais a Daniel em seu reino. Isso é o que está reservado para aqueles que não abrem mão de sua intimidade com Deus.
v Se quisermos ter o mesmo êxito de Daniel, temos que valorizar o tempo com Deus da mesma forma. Os conquistadores vencem porque, ao ter intimidade com Deus, se enchem de Sua glória e de Seu poder para vencer as intempéries da vida.

CONCLUSÃO
v A igreja será gloriosa se não perder seu instinto de conquista. Não podemos ser passivos. A nós foi-nos dado a missão, não só de crescer, mas de conquistar e estabelecer o reino de nosso Senhor Jesus.
v Vamos à luta, se Deus é por nós, e Ele é, quem será contra nós? Rm 8:31. Quando a igreja cresce e conquista, nós crescemos e conquistamos juntos. “Eia! Subamos e possuamos a terra. Nm 13:30”.


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