
Todas as vezes que medito sobre a situação da igreja do Deus vivo, um
monte de dúvidas me vem à mente.
v Estamos realmente cumprindo o
propósito de nosso Senhor, ou caímos na acomodação de um povo abençoado?
v A igreja que vemos hoje é uma
igreja gloriosa, sem mácula, sem sombra, sem ruga (que é a igreja que será
apresentada ao Senhor. Ef 5:27) ou somos uma comunidade que está fazendo um
negócio com Deus (O Senhor nos abençoa e nós O servimos enquanto recebemos a
benção que queremos?)
O apostulo Paulo escrevendo aos Coríntios (I Co 11:28-29), insiste para
que todos se examinem, antes de falar que verdadeiramente servem ao Senhor. Se ele insiste nisso, é porque podemos ser servos
só de boca e não de coração.
Nos como igreja local (Nação
Santa) somos conquistadores ou conquistados?
v
Não é muito difícil observar se a
igreja é gloriosa ou não. Existem algumas características que só é observada na igreja, se ela é
gloriosa.
No
texto base, Mt 13:32, o Senhor disse que a igreja é um organismo que leveda. Aonde chega, conquista. Caso a igreja esteja conquistando, foi criada
para isso, significa que ela está no caminho certo.
Então eu te pergunto: estamos conquistando ou estamos sendo conquistados?
v
Eu vejo que a igreja em geral cresce em números,
mas não na conquista. Somos
influenciados em quase tudo: na linguagem, na moda, no consumo, nos passeios,
na condução de nossas famílias, na carreira profissional e assim por diante.
v
No afã de nos envolvermos com as
pessoas para ganhá-las para Cristo (estou sendo benigno), passamos a praticar o
que elas praticam.
v
Isso está errado e é desastroso para o reino de Deus. É como se o
diabo tivesse feito uma alteração no DNA da igreja, para que ela se tornasse
inofensiva. A igreja gloriosa é ofensiva contra o inferno e tudo o que jaz no
maligno.
v
Essa mistura nas entranhas da
igreja, é a causa da domesticação da igreja pelo mundo. É uma luta a conversão das pessoas.
São resistidas e ridicularizadas, as pessoas que se convertem, é com
dificuldade que as conversões acontecem.
v
Mas quando esses convertidos
pensam e começam a influenciar, são frontalmente combatidos pelo mundo. Aí a coisa pega. Essa parte é
inaceitável pelo inferno. Não deveria ter se convertido, mas vá lá, porém,
transformar o ambiente, nem pensar.
v
Largar as práticas mundanas é
impensável no conceito mundano. O mundo, pensar e reagir assim são compreensíveis,
o duro é quando a igreja pensa assim.
v
Não nascemos no reino de nosso
Senhor para sermos passivos. O Senhor nunca foi passivo. Não faz parte do DNA do reino agir dessa
forma. Eu e você nascemos para a conquista, não aceite menos do que isso.
Como isso nos afeta?
v
Nós fazemos parte de um organismo
vivo. Por isso toda vez que esse organismo cresce, nós crescemos juntos. Se
uma criança perde um dedo aos três anos de idade, e se conservamos esse dedo em
formol, depois de um tempo, veremos que a criança cresceu e que os outros dedos
também cresceram, mas o dedo que ela perdeu e que está conservado no formal,
não cresceu. Porque? Está desconectado do corpo. Se a igreja é refém, nós
seremos também.
Se a igreja não influencia, nós também não
influenciaremos. Se a igreja não prospera, nós também não prosperaremos. Se a igreja não domina, nós também não
conquistaremos. Se a igreja não é respeitada, nós também não seremos. Se a
igreja não é Cristo, nós também não somos. Em
outras palavras, nós somos a igreja.
v
Por isso, temos que edificar uma igreja vencedora para que nós sejamos
vencedores. É importante ter uma visão global, para um posicionamento
local. É assim que crescemos. Todas as vezes que enxergamos com maior
amplitude, seremos mais exitosos no posicionamento
pessoal.
Um grande referencial de
conquista
v
Às vezes você pode pensar que
conquistar hoje é algo muito difícil e muito trabalhoso. Eu te digo que não é difícil,
porém é trabalhoso, aliás, tudo o que é bom é trabalhoso. Hoje, ontem e amanhã
será sempre trabalhoso, e somente os vencedores se dispõem a essa conquista.
v
Na época da igreja primitiva
também era trabalhoso, mas eles conquistaram. No prazo de 300 anos, começando
com 120 pessoas, todo o mundo conhecido da época foi anunciado o evangelho do
reino de Deus e inúmeras vidas foram conquistadas para Cristo e toda a cultura foi
influenciada ela igreja.....
v
Na época de Daniel não era
diferente dos tempos que vivemos em nossos dias, aliás, penso que era muito
mais difícil do que hoje.
a)
Daniel foi levado cativo de
Jerusalém para a Babilônia (atual Bagdá). Ele tinha entre 14 e 16 anos e
viveu aproximadamente até aos 90 anos.
b)
Esteve no cativeiro por 70 anos. Ele ascendeu no reino babilônico de uma
forma surpreendente. Saiu da condição de escravo, e tornou-se a terceira pessoa
mais importante nesse reino.
c)
Dois imperadores se converteram um com certeza foi influenciado por ele,
e um quarto foi decretado morto pela palavra de Daniel. Ele desfrutou do melhor
dessa terra e morreu em ditosa velhice.
d)
Mas aquilo que eu considero de
mais importante sobre esse homem, é que ele foi elogiado por Deus (Ez 14:14). Com certeza Daniel foi um
conquistador e deve ser um grande referencial para nós.
v
Quais as características que
habitava na vida de Daniel, para que ele conquistasse tudo isso?
v
Quais eram os princípios de vida
pelos quais ele vivia, que o tornou um homem vitorioso? Deus não faz acepção de pessoas,
Ele faz acepção de princípios.
v
Se nós vivermos pelos mesmos
princípios de Daniel, seremos tão abençoados quanto ele foi.
Quero salientar alguns desses princípios:
1-
DANIEL
ERA DE ORIGEM NOBRE - DN 1:3 E
6
v
Daniel fazia parte da nobreza de Judá. Para entendermos melhor isso,
vamos fazer um paralelo entre nobres e plebeus.
v
Qual a diferença entre um nobre e
um plebeu? Muitas e em diversos sentidos, mas vamos levantar algumas.
Um nobre:
1.
Tem um nome a zelar.
2.
Existe uma tradição a ser
defendida, e eles sabem que representam algo que deve permanecer de geração em
geração.
3.
Eles respeitam as gerações passadas e se preocupam em formar a nova
geração, para dar continuidade à família.
4.
Eles têm um protocolo de atitudes e comportamentos a serem seguidos. Por
isso são nobres.
Os
plebeus, diferentemente:
1.
Não tem um nome a zelar a não ser o dele próprio.
2.
Não existe uma tradição de geração em geração a dar continuidade.
3.
Protocolo é coisa que ele nem
imagina o que é.
4.
Trabalha no almoço, para comer no jantar.
5.
Às vezes não tem noção da razão de sua existência.
Na
casa de Deus também é assim: Existem cristãos nobres e cristãos plebeus.
Os cristãos nobres são os vencedores e conquistadores. Os cristãos
plebeus são os conquistados pelo mundo.
Os cristãos nobres:
1.
Sabem que tem um nome de família a zelar, Jesus Cristo O Santo e Justo,
nosso Salvador e Senhor.
2.
Eles não têm dúvidas quanto ao seu propósito de vida, quanto as suas
atitudes e comportamentos.
3.
Eles são agradecidos às gerações passadas, que trabalharam para que eles
fossem o que são hoje. Eles estão formando as novas gerações, para que a
família de Deus continue crescendo e estabelecendo seu reino onde quer que
estejam, ou sejam enviados. Os cristãos nobres são aqueles que estabelecem o
Reino.
Os
cristãos plebeus são os que só enxergam o aqui e o agora.
1.
O interesse deles está na benção de Deus para a sua necessidade da hora.
2.
Não vêem o passado e muito menos o futuro.
3.
São facilmente conquistados pelo mundo.
Você faz parte de qual grupo? Quando temos um maior percentual de cristãos nobres em nossa igreja,
podemos dizer que ela é uma igreja que conquista e está cumprindo seu papel de
levedar o mundo. Dessa forma, ela está caminhando para ser a igreja gloriosa
que o Senhor virá buscar. Daniel foi um
nobre conquistador, tenha ele como exemplo.
2-
DANIEL
NÃO SE CONTAMINOU COM AS FINAS IGUARIAS DO REI - DN 1:5,8
v
A bíblia diz que quando os servidores de Nabucodonosor disseram a Daniel
que ele deveria se alimentar das finas iguarias do rei, beber o que ele bebia e
comer o que ele comia, Daniel pediu para comer e beber outras coisas, na visão
dele, mais saudáveis.
v
Ele insistiu para não se contaminar com essas iguarias. As finas iguarias do rei apontam para a comida (princípios,
conceitos e atitudes) que o mundo oferece. Isso gera morte na vida das pessoas.
São as mentiras do diabo em contrapartida com a verdade de Deus que é Cristo.
v
Quando ingerimos as mentiras como
se fossem verdades, isso faz mal as nossas vidas. Com certeza terão conseqüências desastrosas para nós, e para as
pessoas que estão ao nosso redor.
v
Não podemos criar nossos filhos com os princípios do mundo, não podemos
usar as modas que o mundo cria, não podemos consumir como o mundo consome e
muito menos nos pautar, pelas atitudes que o mundo tem. O nosso padrão é palavra de Deus, não o mundo.
v
Jesus nos salvou justamente do mundo e por isso,
temos que tirá-lo de nossa existência. Daniel resolveu em seu coração, ter outro padrão de vida diferente
daquele que reinava na corte de Nabucodonosor. Por isso, ele destacou-se mais
do que os outros da idade dele que passavam pelo mesmo treinamento.
Ainda que todos considerassem que
as finas iguarias do rei era o que se tinha de melhor para comer, Daniel tinha
um padrão mais elevado. Eram as finas iguarias do Rei Jesus.
v
Verdadeiramente, o problema está
quando não conseguimos fazer a diferença entre a comida de Deus e a comida do
mundo. Isso pode ser poderosamente destruidor para nós, e levar-nos a sermos
completamente conquistados pelo mundo. Por isso, a palavra de Deus diz que não
devemos nos conformar com esse mundo, mas transformar-nos através da renovação da nossa
mente pela palavra de Deus (Rm 12:1-2).
Um exemplo só para termos uma idéia disso. Qual a fina iguaria do rei em nosso país hoje? Com certeza são as novelas e os reality
show. Elas ditam modas, consumos, paradigmas e comportamentos. Plantam novos
conceitos e alimentam a relativização da palavra de Deus. Será que todos os
cristãos têm noção disso? Muitos estão a cada dia se alimentando disso. Os vencedores, com certeza, não fazem isso.
Eles, como Daniel, resolveram não se contaminar.
3-
DANIEL
ENCARAVA OS DESAFIOS - DN 2
v
Certa vez o imperador teve um sonho e quando acordou, não conseguia
lembrar-se dele. Mandou chamar os adivinhos, feiticeiros, encantadores e sábios
para falar qual era o sonho e qual a sua interpretação. Os seus servos disseram a ele que
não era possível que um mortal fizesse tal coisa. O imperador, contrariado,
mandou matar todos eles.
v
Daniel era considerado um sábio
naquele lugar e quando os guardas vieram para matá-lo, ele perguntou a razão
daquilo e o soldado lhe relatou o ocorrido. Prontamente, Daniel se dispôs a
ir até ao rei e pediu para que ele determinasse um tempo para que ele (Daniel)
pudesse dar a sua interpretação. O rei determinou o tempo e Daniel foi orar a
Deus, para que o milagre acontecesse.
v
Daniel poderia pensar como os outros pensaram (o que o rei queria era
muito difícil, para não dizer impossível de acontecer).
Mas a atitude dele foi diferente. Ele encarou o desafio, chamou
para si a responsabilidade. Colocou o problema diante de Deus, com fé de que
ele seria resolvido. O que de fato aconteceu.
v
No tempo determinado pelo rei, Deus deu a Daniel o sonho e sua
interpretação. Daniel procurou o rei e contou-lhe o que Deus revelara.
Nabucodonosor, ao ouvir, se prostrou com o rosto em terra diante de Daniel.
Reconheceu que o Deus de Daniel era o Deus dos desuses e levantou Daniel como
chefe supremo de todos os sábios da Babilônia e, ainda, o pôs como governador
dela.
v
Quando encaramos os desafios, esse é o momento da
conquista. Não haverá conquista, se retrocedermos diante dos desafios. Eles são permitidos por Deus justamente para que cresçamos enquanto os
conquistamos. É de conquista em conquista que crescemos e nos tornamos à
estatura do varão perfeito que é Cristo Jesus.
v
Se eu e você desistirmos de encarar os desafios que
nos estão sendo propostos, seremos pessoas que não faremos a diferença. Seremos como qualquer outra pessoa. O
problema é que, ninguém que trabalha para Deus é uma pessoa normal. Somos
especiais como Jesus é. Qualquer um, que tenha o Espírito Santo de Deus, é
alguém especial. Então vamos agir como tal. Esses são aqueles, que como Daniel,
irão conquistar e crescer.
4-
DANIEL
NÃO NEGOCIAVA COM O DIABO - DN 5
v
Quando Nabucodonosor morreu e seu filho Belsazar assumiu em seu lugar,
ele tirou Daniel da posição em que ele estava. Um dia Belsazar resolveu fazer
um grande banquete e se alegrar com seus súditos. Num certo momento, ele mandou
que se trouxessem os utensílios sagrados do templo dos Judeus, que seu pai
tinha trazido de Judá, para que eles usassem no banquete. Enquanto eles estavam
usando esses utensílios, uma mão apareceu escrevendo algo na parede. A festa
parou, o rei mandou chamar os entendidos para decifrar o que foi escrito.
Ninguém conseguia fazer isso. A rainha mãe, sabendo do ocorrido, entrou no
lugar e disse para seu filho que no tempo do pai dele, havia um homem que
conseguiria decifrar aquilo. Daniel foi chamado e o rei disse a ele que, caso
decifrasse o enigma, o recolocaria em suas antigas funções e ainda o elevaria,
mais ainda, na estrutura social do reino.
v
Daniel poderia ter pensado que aquela era a
oportunidade de voltar a crescer. Mas ele disse ao rei que não queria nada com as
coisas que o rei pudesse dar a ele, porém, iria decifrar o enigma.
v Porque
ele não quis aceitar as recompensas? Aquele era um rei blasfemo. Ele ultrajou ao Deus único e verdadeiro, usando as
Suas coisas como se fossem comuns. Daniel não queria nenhum contato com aquele tipo
de gente. Ele não negociava com o diabo. Ele tinha uma postura correta diante
de seu Deus. Ao invés de negociar, o que ele fez foi ao contrário, condenou o
rei por aquilo que fez. Aquele rei, naquela mesma noite morreu.
v
Daniel tinha um lado muito bem definido. Ele não
andava em cima do muro. Você já tem o lado que você anda?
Você, dependendo do contexto, muda de lado? Os vencedores têm lado, é o de
Jesus. E não abrem mão disso. Por isso são vencedores como o Senhor. Por isso
conquistam como Daniel conquistou.
5-
DANIEL
MANTINHA A INTIMIDADE COM DEUS, MESMO DEBAIXO DE EXTREMA PRESSÃO - DN 6
v
Quando Daniel se recusou a aceitar os presentes do rei Belsazar, e tendo
sido morto o rei (Belsazar), Dario, o medo, assumiu o reino de Belsazar, para que se cumprisse a palavra
de Daniel. Dario colocou Daniel entre os três mais importantes no reino dele.
Todas as vezes que o Senhor te colocar em posição
de evidencia, haverá pessoas que ficarão com inveja, e sem motivos aparentes,
se tornarão seus inimigos. Não foi diferente com Daniel. Pessoas se levantaram
contra ele, mas não tinham como destruí-lo, pois não haviam brechas em sua
vida.
v
Um vencedor
nunca deixa brechas. Fizeram então uma jogada para
destruir Daniel. Eles sabiam que somente no tocante a intimidade de Daniel com
o Senhor é que eles poderiam achar algo para destruí-lo. Eles, seduzindo o rei
Dario, fizerem um decreto que por espaço de 30 dias ninguém poderia orar a
outro ser que não fosse ao rei, sob pena de ir parar na cova dos leões.
v
Daniel, ao tomar conhecimento do decreto, tinha uma
escolha a fazer. Continuar a orar a Deus ou por espaço de 30 dias, ficar sem orar. Ele
não teve dúvida alguma da escolha. Parar na cova dos leões é preferível a ficar
sem orar ao Senhor. E quando ele estava orando a Deus, os seus inimigos o
flagraram e o levaram ao rei. O rei ficou penalizado com a situação, mas não
poderia voltar atrás com sua palavra e disse a Daniel: “o seu Deus, a quem serves
te livrará da boca dos leões”. O que de fato aconteceu.
v
Quando o rei Dario viu o livramento de Deus na vida
de Daniel, ele entendeu que foi armado um plano para destruí-lo e que Deus
interveio para livrá-lo. O que o rei fez? Tirou Daniel da
cova dos leões, jogou os seus inimigos dentro da cova e fez um decreto a todos
os seus súditos, para que temessem o Deus de Daniel. Exaltou o nome de Deus e
prosperou ainda mais a Daniel em seu reino. Isso é o que está reservado para
aqueles que não abrem mão de sua intimidade com Deus.
v Se
quisermos ter o mesmo êxito de Daniel, temos que valorizar o tempo com Deus da
mesma forma. Os conquistadores vencem porque, ao ter intimidade com Deus, se
enchem de Sua glória e de Seu poder para vencer as intempéries da vida.
CONCLUSÃO
v
A igreja será gloriosa se não
perder seu instinto de conquista. Não podemos ser passivos. A nós foi-nos dado a
missão, não só de crescer, mas de conquistar e estabelecer o reino de nosso
Senhor Jesus.
v
Vamos à luta, se Deus é por nós,
e Ele é, quem será contra nós? Rm 8:31. Quando a igreja cresce e conquista, nós
crescemos e conquistamos juntos. “Eia! Subamos e possuamos a terra. Nm 13:30”.
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